sábado, 25 de dezembro de 2010

O que é um fundo de índice (ETF)?

Posted: 23 Dec 2010 07:01 PM PST
Os fundos de investimento em índice com cotas negociadas em bolsa ou mercado de balcão organizado – conhecidos internacionalmente como Exchange Traded Funds (ETFs) – permitem que os aplicadores adotem novas estratégias de investimento.
Os ETFs são exemplo de uma história de rápido sucesso internacional. Desde que o primeiro fundo autorizado surgiu no Canadá, em 1990, esse produto foi se desenvolvendo consideravelmente, em especial, nos Estados Unidos, onde o primeiro fundo foi autorizado a operar pela SEC, em 1993. Por volta do ano 2000, a idéia se internacionalizou definitivamente e surgiram ETFs em Hong Kong e na Alemanha. Hoje, são uma realidade nos principais mercados bursáteis do mundo, como Japão, Espanha, Cingapura e mercados emergentes, como o México.

O que é ETF?

Exchange Traded Fund (ETF) é um fundo de investimento em índice, com cotas negociáveis em bolsa. O ETF busca obter desempenho semelhante à performance de um determinado índice de mercado e, para tanto, sua carteira replica a composição desse índice. Isso significa que ao investir em um ETF você está investindo, ao mesmo tempo, em uma carteira de ações de diferentes companhias.

Principais vantagens

Ao adquirir um ETF, você “leva para casa” uma cesta com ações de diferentes companhias que, juntas, reproduzem um determinado índice, diminuindo, desta forma, a probabilidade e o risco de perda quando optamos por negociar uma ação em especial.
Além disso, o custo da operação torna-se menor caso decidíssemos montar a mesma carteira de ações por conta própria. Isto porque para investir nas ações que compõem o índice, seria preciso comprar, nas devidas proporções, os componentes daquele índice, com os custos de negociação de cada operação. E tem mais: para manter a mesma posição do índice, o investidor ainda tem que gerir, de forma bastante dinâmica, as proporções dos componentes deste índice.
Outra vantagem é que o investidor pode comprar ou vender seu ETF no mercado secundário, da mesma forma que faz com suas ações, ou solicitar a emissão ou o resgate de ETFs, desde que tais operações sejam feitas com os papéis que compõem a carteira teórica daquele índice ao qual o ETF é vinculado e de acordo com o regulamento específico de cada produto.

Como investir

Comprar ou vender um ETF não é diferente de realizar as mesmas operações com uma ação. Antes de começar a investir, é necessário ser cliente de uma corretora. Dê uma olhada nas melhores corretoras de 2010 e faça sua escolha!

Principais ETFs listados na BM&FBOVESPA

Conheçam agora os principais índices listados na Bolsa, seguidos pelos códigos de negociação, índices que acompanham, data inicial de listagem e taxa de administração, além de links para mais informações sobre cada um deles:

iShares Ibovespa Fundo de Índice

iShares IBrX – Índice Brasil (IBrX-100) Fundo de Índice

iShares Índice BM&FBOVESPA de Consumo Fundo de Índice

iShares BM&FBOVESPA MidLarge Cap Fundo de Índice

iShares Índice BM&FBOVESPA Imobiliário Fundo de Índice

iShares BM&FBOVESPA Small Cap Fundo de Índice

  • Código de negociação: SMAL11
  • Índice: Índice Small Cap
  • Data de listagem: 19/11/2008
  • Taxa de administração: 0,69% a.a.

PIBB Fundo de Índice Brasil – 50 – Brasil Tracker

  • Código de negociação: PIBB11
  • Índice: IBrX-50
  • Data de listagem: 26/7/2004
  • Taxa de administração: 0,059% a.a.
Fonte: Site da Bm&fBovespa

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Paradoxo do Nosso Tempo

Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do fast-food e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. essa é a era das viagens rápidas, fralda as e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas mágicas.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que eleva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar delete.

Lembre-se de ficar mais tempo com as pessoas que ama,pois elas não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer eu te amo à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame...se ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.

Por isso, valorize sua família e as pessoas que estão ao seu lado, sempre.



Bel Garcia.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Gastar tempo com os filhos

Fábio Henrique Prado de Toledo 
Fazia algum tempo que não passava pela experiência de estar em casa sem as crianças. Há um silêncio ensurdecedor. As coisas estão insuportavelmente em ordem. Não há brinquedos pela casa e, se me ocorre deixar o sapato fora do armário, não virá um pequeno colocá-lo para sair fazendo barulho corredor afora. Mas que falta fazem! Esses momentos de solidão, apesar de desagradáveis, são bons para refletir sobre o tempo dedicado aos filhos. Ou, antes disso, e talvez mais difícil de se responder: por que os trazemos à vida? 

Se fôssemos surpreendidos por essa indagação, de pronto teríamos dificuldades para responder. 

Talvez pensássemos que os padrões sociais nos impõem que, em determinado momento, o normal é casar-se e, em se casando, o natural é também ter filhos. Mas os trazemos ao mundo apenas porque todo mundo, ou quase todos o fazem? 

Ter filho pressupõe, antes de tudo, acreditar na vida. Sempre achei de um pessimismo destrutivo a célebre a frase de Machado de Assis, em Memórias Póstumas de Brás Cubas: Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria. No entanto, pode-se dizer o que quiser contra o autor da afirmação, menos que não seja coerente. De fato, por que trazer essas criaturinhas à vida se não se acredita na felicidade que essa existência entranhadamente anseia? 

Os filhos, assim como seus pais, como também qualquer ser humano que há na face da terra existe para uma finalidade, e é só isso que vale a pena: ser feliz. E eles nascem com o direito inalienável de que aqueles por quem vieram ao mundo os ensinem, mais que com palavras, com o exemplo encarnado em suas existências, que vale a pena, que a felicidade existe. 

Mas como podem os pais dizer isso aos filhos se não convivem, se não há relacionamento entre uns e outros? 

Soube de uma conversa entre um pai e o seu filho pequeno. Era já quinta-feira e a criança não via o pai, ainda que pernoitassem na mesma casa, desde domingo. É que o trabalho exige muito, de modo que saía para o trabalho bem cedo, quando o filho ainda dormia e retornava muito tarde, quando já se deitara. Na quinta-feira, calhou de o filho acordar mais cedo e surpreendeu o pai saindo afobado: 

“Papai, aonde vai?”. “Vou trabalhar, filho, e já estou atrasado”, respondeu o pai já abrindo a porta de saída. “A gente não ficou quase nada juntos nesses dias”, disse o filho querendo um pouco de atenção. “Filho, o que importa não é a quantidade, mas a qualidade”, argumentou o pai. “Pai, para onde você vai agora?”. “Tenho uma reunião muito demorada e, depois, terei de trabalhar até tarde para terminar o serviço pendente”. “Pai, mas você não disse que o que importa é a qualidade e não a quantidade, então por que não vem mais cedo hoje?”. Sem resposta, o pai saiu remoendo aquela pergunta na cabeça. 

A vida moderna impõe muitos desafios na educação, e talvez o maior deles seja encontrar tempo para estar com os filhos. Não há regra fixa para isso, nem muito menos soluções mágicas. Cada um deve, com um pouco de criatividade e com esforço, heróico, às vezes, encontrar o tempo para isso. E mais que estar juntos, cuidar de que sejam momentos verdadeiramente alegres, permeados daquela alegria que inunda o ambiente quando se dispõe a esquecer de si próprio para fazer a vida mais agradável aos outros. 

E as férias são um bom momento para isso. Porém, isso depende de como as programamos. Seria bom que nos fizéssemos a seguinte indagação antes de planejarmos esses dias de descanso: isso que faremos nos aproximará mais dos filhos, ou, ao contrário, servirá para criarmos uma distância ainda maior? 

O grande desafio dos pais de hoje é poder dizer com sinceridade, por pautar suas vidas por esse ideal: “tive filhos, transmiti a essas criaturas o legado de minha alegria”. 


Fábio Henrique Prado de Toledo é juiz de Direito em Campinas, professor da Unip e do Curso Veredicto e representante de pais no Conselho de Administração do Colégio Nautas.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Kaká e sua mulher não são mais membros da Renascer

04 de Dezembro de 2010 19:36

Por Redação Yahoo! Brasil

A igreja Renascer confirmou neste sábado que Kaká e sua mulher Celico não são mais seus seguidores. O motivo do desligamento não foi divulgado e na última sexta-feira, os dois receberam sua última bênção como fiéis.
Segundo a assessoria de imprensa da Renascer, não houve desentendimento entre o atleta do Real Madrid e o casal fundador da igreja, Estevam e Sonia Hernandes.
A coluna Zapping, do jornal Agora, publicou em outubro que os dois se distanciaram da Igreja e estariam prestes a sair por descontentamento com a administração.
Conforme a a publicação, quando uma parte do teto da sede da Renascer na Mooca (zona leste) desabou em agosto, Kaká teria consultado um perito e constatado a negligência. Em janeiro de 2009, o teto de um templo no Cambuci (zona sul) também caiu e o acidente provocou a morte de nove pessoas, além de deixar centenas de feridos.
O casal Estevam e Sonia Hernandes se envolveram recentemente em problemas com a Justiça e foram condenados a quatro anos de reclusão por evasão de divisas.
O crime aconteceu em 2007 quando os dois foram detidos no aeroporto de Miami com US$ 56,4 mil escondidos na bagagem, incluindo uma bíblia. Em seguida, eles foram condenados pela justiça dos Estados Unidos por dois crimes: contrabando de dinheiro e conspiração para contrabando de dinheiro.

Dilma fala ao Washington Post sobre Irã, EUA e Lula

Sáb, 04 Dez, 05h25
A presidente eleita, Dilma Rousseff, fez questão de mostrar melhor suas credenciais ao mundo, em entrevista ao jornal Washington Post, deixando claro que nem todas as posições do governo de Luiz Inácio Lula da Silva são também as suas, especialmente ao falar sobre o Irã. Dilma condenou o apedrejamento e qualquer outro tipo de prática "medieval" contra mulheres e disse que não se sentiria confortável , como uma mulher presidente, em não deixar clara essa posição. Por outro lado, disse que é importante tentar estabelecer a paz no Oriente Médio, sugerindo que seu governo continuará buscando estratégias de paz naquela região.
A presidente eleita também criticou a política de afrouxamento quantitativo dos Estados Unidos, mas ao mesmo tempo fez questão de dizer que seu governo buscará estreitar os laços com o governo de Barack Obama.
Dilma reconheceu que o momento é de grande instabilidade global por causa da crise econômica, e que é fundamental tentar garantir a retomada das economias desenvolvidas para garantir o equilíbrio do mundo. "Ninguém no Brasil se sentirá confortável se os EUA continuarem com altas taxas de desemprego. A recuperação dos EUA é importante para o Brasil porque os EUA são um extraordinário mercado consumidor", afirmou.
Dilma fez questão de reforçar que pretende dar continuidade ao caminho econômico estabelecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela disse que nos próximos quatro anos pretende reduzir mais a relação dívida/PIB e garantir a estabilidade inflacionária. Segundo Dilma, o objetivo do seu governo é reduzir a dívida do País para 30% do PIB.
Ela voltou a dizer que quer que os juros no Brasil caiam para patamares internacionais. "E para conseguir isso uma das tarefas mais importantes será a de reduzir a dívida pública", afirmou. "Outro tema importante será melhorar a competitividade da nossa indústria e agricultura. Por isso é tão importante que o Brazil racionalize seu sistema tributário", disse a presidente eleita ao Washington Post.

Qual a importância da descoberta de bactéria anunciada pela Nasa?

Sáb, 04 Dez, 12h11
Por Isis Nóbile Diniz, da Redação Yahoo! Brasil
A Agência Espacial Americana (Nasa)anunciou no Dia da Astronomia, quinta-feira (2), que pesquisadores encontraram, em um lago da Califórnia, Estados Unidos, bactéria que incorpora o arsênio - um veneno letal para a maioria dos seres vivos - no DNA. O que, diziam empolgados os cientistas, terá impacto na busca de formas de vida extraterrestre. Mas por quê?
Em busca de uma explicação científica e compreensível para leigos, o Yahoo! entrevistou Carlos Alexandre Wuensche, professor titular e responsável pela linha de pesquisa em cosmologia do obersvatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O astrofísico é apaixonado pela astrobiologia, ciência que estuda a vida fora da Terra, desde 2004. E, com exclusividade, responde as principais dúvidas sobre o tema:
Yahoo! - Qual a importância da descoberta?
Carlos Alexandre Wuensche - O principal é que está confirmado, mas tem gente que contestou a pesquisa, que existem outras possiblidades de a vida se rearranjar, diferentemente do que conhecíamos até agora. A gente sabia que os seres vivos eram compostos por carbono, nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, fósforo e enxofre. A supresa está nessa bactéria, no lugar do fósforo, usar arsênio. Para entender, imagine que o DNA é uma escada. O fósforo é a lateral da escada, neste caso, no lugar dele, há o arsênio. Além disso, trata-se do inesperado porque o arsênio é um veneno para a maioria das espécies.
Y! - Por que alguns pesquisadores contestam a descoberta? 
CAW - Quem contesta diz que o arseniato no lugar do fosfato deveria gerar uma reação química que desmontaria a estrutura do DNA. Mesmo assim, a descoberta é fantástica porque deve haver uma reação que a gente não conhece que estabiliza o DNA composto com arseniato. Agora, os pesquisadores estão procurando outras bactérias em lugares ricos em arsênio para checar se existem outras semelhantes.
Y! - Mas já existia hipótese de vida baseada em outros elementos químicos, não é? 
CAW - Um artigo, publicado em 2003, falava da hipótese de vida baseada em silício. O problema é que ele possui uma série de limitações físicas. No lugar da água - que permite que aconteçam processos químicos que dão origem à vida -, deve existir nitrogênio, amônia ou metano líquido. Mesmo assim, um fator complica essa criação. O silício trabalha em temperatura abaixo de zero, em por volta de -200 ºC. O metabolismo nessa condição é mais lento e a energia é baixa, tornando essa formação mais complicada. Sem contar que nitrogênio, amônia ou metano líquido são menos abundantes que a água.
Y! - Por que os pesquisadores relacionaram a descoberta com a chance de encontrar vida fora da Terra? 
CAW - Porque, até agora, a gente procurava algo parecido com o que conhecemos na Terra. Com a descoberta, há uma versatilidade para procurar vida fora do planeta. Pode ser que perdemos a chance de encontar vida fora do planeta, por não saber que certeza se existia desse tipo. Mas os pesquisadores não começaram o estudo, no lago da Califórnia, de olho nisso. Eles estudavam o lugar por ser muito salino e, mesmo assim, existirem bactérias vivendo bem lá. Sem querer, ao ver que o DNA incorpora o arsênio, surgiu a surpresa.
Y! - Quais as principais dificuldades em encontrar vida fora da Terra? 
CAW - Desconsiderando encontrar vida inteligente, já que outra civilização teria que enviar um sinal para cá e a gente captar, pode ser que resquícios de bactérias que já existiram ou bactérias vivas sejam encontradas em Marte ou nas luas de Júpiter. Na Terra, mais de 99% dos organismos vivos são bactérias. Em Marte, por exemplo, há uma grande quantidade de gás metano. Sabe-se que o elemento pode ser derivado de respiração vegetal e o nitrogênio, por exemplo, de decomposição de sistemas vivos. Então, o subsolo do planeta pode estar repleto de bactérias ou, outra hipótese, é que alguma atividade geológica como vulcões gera o gás. O solo do planeta será escavado e analisado em busca de bactérias. A melhor maneira é ir até os planetas, luas, etc. Mas as distâncias entre eles e a Terra são muito grandes. Para chegar ao sistema estelar mais próximo de nós, o Alfa Centauri, seriam necessários 176 mil anos viajando na velocidade do ônibus espacial (28 mil km/h).
Y! - Por que por telescópio ainda não encotramos vida extraterrestre, já que podemos analisar os compostos de corpos celestes? 
CAW - A gente tem que ter a sorte de apontar para o lugar certo. Além disso, para se ter uma ideia, de 500 planetas encontrados fora do Sistema Solar apenas no máximo seis são parecidos com a Terra. Talvez, a próxima geração de satélites seja capaz de ver mais longe e analisar os elementos químicos desses planetas.
Y! - Apesar de todos esses obstáculos, acredita-se que ainda encontraremos vida em outro lugar que não seja a Terra? Aliás, por que os cientistas insistem nas luas de Júpiter? 
CAW - Pensando de maneira bem ortodoxa, se eu tiver que apostar uma garrafa de um bom vinho, diria que encontraríamos vida simples como bactérias dentro do Sistema Solar. Só não saberia dizer quando, pois seria um chute. Pode demorar 100 anos ou dez. As luas de Júpiter alimentam esperanças por terem um tamanho parecido com o da Terra e uma temperatura média acima de 0ºC, que consegue manter a água líquida - um ambiente bacana para as bactérias aparecerem. Uma vida mais complexa já é outra história. Primeiro, pois como surgiu a vida na Terra continua sendo um mistério. Aliás, esse é o pulo do gato. Depois, a evolução é algo mais complicado ainda. Envie uma bactéria para o espaço. É capaz que ela sobreviva em uma rocha por anos. Um ser humano morreria por vários motivos, falta de oxigênio, radiação, infecção.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A ATITUDE DE GRATIDÃO

29/11/2010

Você é grato pelo que Deus tem feito em sua vida? Por que devemos ser gratos? Porque isso é bíblico. Paulo exortou: Sejam gratos e louvem ao seu nome [do Senhor] (Cl 3.15). Em tudo o que você fizer, dê graças a Deus, pois a gratidão atrai a presença do Altíssimo, que manifesta a presença do Espírito Santo em sua vida, abençoando-o e atraindo outros para Cristo.

Ser grato não envolve apenas os seus sentimentos; implica também o seu pensamento e a sua vontade. Você pensa a respeito e decide ser grato; então, suas emoções correspondem à sua decisão.

Paulo disse que devemos embriagar-nos do Espírito, e não de vinho (Ef 5.18), e dar graças sempre (1 Ts 5.18). Se você não é grato, não é cheio do Espírito Santo. Um dos gomos do fruto do Espírito é a alegria. Mas sem gratidão, você não será cheio do Espírito e nunca conhecerá a verdadeira alegria e não alcançará todas as bênçãos que o Senhor tem para a sua vida. Suas orações não serão atendidas.

Além disso, ninguém, nem mesmo o Criador, gosta de estar perto de pessoas ingratas. Já percebeu como as pessoas negativas nunca são gratas? O Senhor lhes deu a vida como um presente, mas é o que elas fazem dela que demonstra se reconhecem isso ou não. Contudo, muitas não fazem nada além de reclamar.

Sabe qual o oposto da gratidão? A murmuração! Veja o que está escrito no livro de Judas 1.16: Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse.

Há estudos em psicologia que têm constatado que muitas pessoas gostariam de ser outra, se pudessem. Por que isso? Cada pessoa é única! Não há ninguém igual a mim ou a você na terra! Nossas impressões digitais comprovam que cada um de nós é único; é uma expressão de Deus!

Será que somos tão ingratos a ponto de não apreciarmos também as coisas simples que Deus tem feito por nós? Quando reclamamos do que não temos, estamos murmurando da provisão de Deus. Quando nos queixamos de onde estamos na vida, demonstramos não estarmos satisfeito com a liderança do Senhor e, principalmente, nossa inabilidade em obedecer à Sua autoridade. Quando reclamamos de quem somos, subestimamos a soberania do Criador.

O apóstolo Paulo, em Romanos 1, falou de pessoas que conheceram o Senhor, mas não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças (v. 21). Não foram gratas. O entendimento delas se corrompeu, e elas adoraram a criação, em vez de o Criador.

Não seja ingrato! Faça todas as suas atividades sem murmurar, mesmo aquelas menos chatas. Lembre-se da recomendação do apóstolo Paulo: Fazei todas as coisas sem murmurações (Filipenses 2.14).

Se você tem sido ingrato e murmurado contra o Senhor? Hoje, confesse ao Senhor toda forma de murmuração, ingratidão e insubmissão a Ele. Sua gratidão ao Pai será revertida em bênçãos para a sua vida.

Lembre-se que, antes de alimentar aproximadamente 15 mil pessoas, Jesus agradeceu a Deus pelo alimento, e o Pai o multiplicou. Antes de ressuscitar Lázaro, Cristo orou dando graças ao Pai, e os que viram esse tremendo milagre glorificaram a Deus e creram que Jesus é o Messias (Jo 11.41). Se você precisa de um milagre, seja grato a Deus e ofereça louvor a Ele. Levante as suas mãos e dê graças, independente das circunstâncias. Agradeça o Senhor pela escuridão, pelas lutas, por toda “dor de cabeça”, porque essa adversidade fará com que você ore e busque mais o Altíssimo. E suas ações de graças, redundarão em bênção sem par. Entre[mos] pelos portões do Templo com ações de graças, entrem[os] nos seus pátios com louvor. Louvem[mos] a Deus e sejam[os] agradecidos a ele
(Sl 100.4 NTLH).

Marcus Gregório é pastor do Ministério Apascentar de Nova Iguaçu e escritor. 

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ENCHA A SUA CASA COM PROVAS DE AMOR

Transforme a sua casa em um santuário emocional. Use a sua criatividade para externar seus sentimentos mais valiosos e nutritivos. Por mais simples que seja sua residência, ela pode tornar-se um jardim do Éden, onde a música da alegria é ouvida por todos. 

Viver o bom relacionamento conjugal não é viver de aparências. Quantas pessoas moram em palácios, mas se sentem dentro de um campo de concentração nazista? Talvez você esteja se perguntando: “Como eu posso encher a minha casa com provas do meu amor?” A palavra-chave é: seja coerente. Se pela manhã você diz ao cônjuge: “Amo você”, porém à tarde o agride, dizendo: “Odeio os seus pais”, está sendo incoerente. 

Quando declaramos verbalmente o nosso amor, precisamos validar essa declaração por meio das nossas atitudes e de nosso comportamento. Outra forma de encher sua casa com provas de seu amor, transformando-o em um santuário emocional, é provendo alegria, pacificando (construindo pontes que ligam um coração ao outro), sendo paciente, benigno, bondoso, fiel, manso e uma pessoa autodisciplinada (Gl 5.22,23). 

Sua casa pode ser o melhor lugar do mundo se ela for uma “central terapêutica do amor”, pois só o amor transforma pedras em pães e corações de pedra em corações de carne. Dicas que podem ajudar:

1. Dê cinco abraços por dia no seu cônjuge e em cada em de seus filhos;
2. Não saia de casa sem dar no seu cônjuge um beijo acompanhado de um toque significativo; 
3. Deixe, às vezes, um bilhete com uma palavra de elogio, gratidão ou amor; 
4. Surpreenda seu cônjuge na hora da refeição com uma declaração de afeto, do tipo: “Que bom que estou aqui com você!”, “que delícia de família!” ou “como está gostosa essa refeição!”
5. Demonstre, de forma criativa, o valor dos pais dele, provendo um almoço em casa e convidando-os de forma especial. 
6. Ponha no quarto de vocês um porta-retratos com uma foto em que os dois estejam abraçadinhos, para lembrar os momentos de afeto.
7. Deixe que seus filhos vejam vocês demonstrando carinho e afetuosidade um para com o outro. 
8. Grave na secretária eletrônica uma mensagem de “bom dia” bem romântica. 
9. Quando terminar de orar às refeições ou à noite com a família e levar as crianças para a escola, abençoe-as com promessas de Deus.

O apóstolo Paulo, sob inspiração divina, escreveu a mais completa descrição do amor que todos precisam conhecer para viver:

Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse dom de profecias, e conhecesse todos os mistérios, e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha
 (1 Coríntios 13.1-8 ARA). 

Pastor Josué Gonçalves é terapeuta familiar, conferencista internacional e autor de vários livros. 

Construção de usinas nucleares deve impulsionar setor industrial no país

A construção de usinas nucleares pelo governo brasileiro nos próximos 15 anos deve movimentar cerca de R$ 40 bilhões no período e dar impulso ao segmento. A previsão é da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem), que apresentará nesta terça-feira (23), durante o 1º Encontro de Negócios de Energia Nuclear, em São Paulo, possibilidades de investimentos no setor, que poderá gerar cerca de 50 mil empregos.
No evento, a Cnem divulgará um estudo inédito com as demandas do Programa Nuclear Brasileiro. O documento avaliou a necessidade de serviços, insumos e matérias-primas para a conclusão da Usina Angra 3 e a construção de mais quatro unidades até 2025. Desde a necessidade de formação profissional, a lista inclui a produção de equipamentos tecnológicos, componentes eletromecânicos e peças que serão usadas nos ciclos do combustível nuclear.
De acordo com o coordenador-geral de Planejamento e Avaliação da Cnem, Francisco Rondinelli Júnior, para a construção de Angra 3, que está em andamento e deve ter todos os materiais e serviços licitados em cerca de um ano e meio, há a estimativa de que 70% do fornecimento sejam nacionais. Com a exposição das demandas do programa, o objetivo é ampliar esse percentual na construção das demais usinas, adequando e qualificando o setor.
“Apesar da descontinuidade do programa nuclear, que constrói usinas nucleares num intervalo muito grande e acaba desmobilizando o setor industrial, existe o fato de a indústria do petróleo no país estar produzindo insumos comuns. Existe um parque industrial que atende ao segmento de petróleo e gás que está bem próximo do que exigimos. Alguns itens precisarão de certificação, mas nem todos, portanto existe uma capacidade”, afirmou.
Em relação ao domínio da produção do urânio, combustível das usinas nucleares, o coordenador explicou que o país detém a tecnologia, mas precisa ampliá-la para escala industrial. Dessa maneira, destacou que os negócios poderão também se expandir em países com os quais o Brasil mantém acordos de cooperação na América Latina, como a Argentina. “Apesar de as usinas serem diferentes, outros países também falam em energia nuclear, como o Chile”, acrescentou.
O 1º Encontro de Negócios de Energia Nuclear será realizado na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, e também abordará investimentos em energia nuclear nas áreas de saúde a agricultura. O encontro será encerrado nesta terça.
Isabela Vieira / Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto

Moderno e arcaico

Essa pobreza tem sido marcada pela fome, embora estejamos num país com mais de 600 milhões de hectares de terras férteis. No entanto, essas estão em poucas e mal aproveitadas mãos. Herança de 400 anos de latifúndio. Aqui a fome de muitos se mistura ao sucesso do agrobusiness. A falta de alimentos convive com a exportação de vitaminas, de carnes e de suco de laranja, ainda que incontáveis sejam as crianças que nunca tiveram a oportunidade de beber desse suco.O Brasil está com um pé no século XXI, mas o outro permanece fincado no século XIX. Essa característica dúbia, fruto da tardia transição entre a sociedade agrária para a sociedade urbano-industrial, faz do Brasil um país diferenciado capaz de conviver com realidades destoantes. A mais aguda delas certamente é a desigualdade social e, dentro dessa, realça o fator pobreza extrema.

No passado, nos fizeram acreditar que bastava a economia crescer que os problemas sociais logo seriam resolvidos. Crescemos, e daí? De 1870 a 1980, o PIB cresceu mais de 150%. Daqui até 2030 crescerá também mais de 150%. No entanto, no primeiro intervalo de tempo mencionado, apenas concentramos mais que distribuímos todo esse crescimento. Somos o quarto pior país em termos de concentração de renda do mundo.
Ainda hoje não é raro encontrar aqueles que insistem em dizer que esse país se desenvolveu. Será? Não! A verdade é que apenas nos modernizamos, pois, como disse Celso Furtado, “como é possível falar em desenvolvimento com tanta gente atormentada pela miséria”. É assim, todavia, que convivemos com o moderno e o arcaico. Dessa forma, os problemas econômicos e sociais continuam se avolumando, e, pelo caminho, vai deixando suas vítimas estiradas ao chão. Exagero, dirão alguns. Creio que não. Em pleno século XXI ainda há gente morrendo de fome nessas terras em que “se plantando tudo dá”. Essa patologia, por aqui, parece ser endêmica. Somos um país com capacidade de fabricar e exportar aviões, mas 1/3 das residências ainda não tem água encanada. Somos donos de uma das melhores cirurgias plásticas do mundo, mas os rostos enrugados de nossos idosos ainda são muito mal tratados pelos baixos salários baixos vindos do INSS. Os pés descalços de nossas crianças convivem com a exportação de calçados de primeira qualidade para o mundo rico. Continuamos a adoçar as bocas dos europeus, não a de nossa gente. Exportamos alimentos que não chega à mesa de muitos brasileiros. O tempo médio de escolaridade por aqui é semelhante aos dos países mais atrasados – menos de cinco anos. A dengue ainda mata gente. O analfabetismo (formal e digital) é alto e a desigualdade é parecida com a dos tempos feudais. Para arrumar a casa, falam em reformas. No entanto, elas não acontecem.
Quais seriam essas? Primeiramente, a tributária (hoje quem ganha muito paga pouco e quem ganha pouco paga muito); a social (ainda não foi consolidado o estado de bem-estar social, em que pese avanços assegurados pela Constituição de 1988), e, por fim, a agrária (que mantém intacta a estrutura fundiária oriunda das Capitanias Hereditárias). Esse somatório de situações apenas reforça a convivência do moderno com o arcaico.
*Marcus Eduardo de Oliveira é economista pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Osasco (FEAO), mestre pela USP e professor de economia da Faculdade de Ciências da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco (FAC-FITO) e da Fundação Instituto de Ensino para Osasco (UNIFIEO).

Assessores de Dilma descartam mudanças bruscas na condução do BC



Agência Brasil
22/11/2010 17:00
BRASÍLIA - Preocupada em não dar margem a especulações sobre a política a ser implementada no Banco Central (BC) pelo próximo governo, a assessoria da equipe de transição disse hoje que não fazem parte dos planos da presidente eleita, Dilma Rousseff, mudanças bruscas na forma de conduzir a autoridade monetária.
A equipe também afirmou que Dilma não vem encontrando dificuldades na definição dos nomes a ocuparem os cargos do primeiro escalão do governo. Os assessores disseram que a presidente tem estado tranquila e conduzido o processo de escolha dos nomes de seu governo dentro da normalidade.
Eles também informaram que a relação dela com o vice-presidente, Michel Temer, “tem sido ótima” e que a tendência é que os dois se aproximem cada vez mais. “Estão criando um vínculo positivo”.
Na semana passada, quando estava em Frankfurt, na Alemanha, numa viagem a trabalho, o presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que recebera uma mensagem da equipe de transição para uma conversa com Dilma.
O encontro, disse Meirelles, se daria nesta semana. Eles falariam sobre sua permanência ou não à frente do BC no próximo governo.
A assessoria do BC divulgou o áudio de uma entrevista dada por Meirelles em que ele lembra os questionamentos sobre a autonomia do banco, feitos por vários setores.
O presidente do BC destacou que a autonomia foi uma condição negociada quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o convidou para a função, em dezembro de 2002.
Para ele, a autonomia “foi muito importante para a condução da política monetária”, uma vez que o país manteve a inflação na meta e as taxas de risco caíram, favorecendo a atividade econômica. Meirelles afirmou não ter dúvidas de que a presidenta eleita “é absolutamente favorável” à autonomia do BC.
(Agência Brasil)

Meirelles diz que encerra mandato junto com Lula


Azelma Rodrigues | Valor
24/11/2010 10:18
BRASÍLIA - "Agora é o momento adequado para encerrar a missão", disse o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles. Ele esclareceu que seu objetivo é concluir seu mandato junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ficando até o fim de dezembro.

"Um profissional deve começar e concluir seu trabalho na hora certa. As regras de boa prática de governança de Banco Central aconselham que um presidente não fique mais do que dois mandatos, que, no Brasil, coincidem com o mandato do presidente da República. É o momento adequado para encerrar o mandato."
Ele disse que já conversou com a presidente eleita Dilma Rousseff, que anuncia hoje "três nomes" de sua equipe econômica, mas nada quis comentar sobre seu sucessor. Meirelles frustrou alguns jornalistas, que esperavam que ele anunciaria sua saída imediata do BC uma vez que a indicação de seu sucessor é conhecida.

"Estou feliz e gratificado. É um momento feliz da minha vida profissional e privada", disse Meirelles, sem responder a muitas perguntas dos jornalistas. Citou que tem recebido manifestações de "carinho" do Brasil e do exterior.
Após curto discurso sobre o bom momento da economia, de como a "inflação está na meta" e sobre as conquistas e o sucesso do país ao atravessar a crise financeira de 2008, Meirelles seguiu para audiência conjunta das comissões de Assuntos Econômicos e de Constituição e Justiça do Senado.

(Azelma Rodrigues | Valor)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Aos meus amigos...

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril"
Fernando Pessoa

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Além do dever

Um homem foi chamado à praia para pintar um barco. Trouxe tinta e pincéis e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer. 

Enquanto pintava, notou que a tinta estava passando pelo fundo do barco. 

Procurou e descobriu que a causa do vazamento era um buraco e o consertou. 

Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi. 

No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e lhe entregou um cheque de grande valor. 

O pintor ficou surpreso e falou: “O senhor já me pagou pela pintura do barco.” 

“Mas isto não é pelo trabalho de pintura”, falou o homem. “É por ter consertado o vazamento do barco.” 

“Foi um serviço tão pequeno que não quis cobrar”, acrescentou o pintor. “Certamente o senhor não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!” 

“Meu caro amigo, você não compreendeu”, disse o proprietário do barco. “Deixe-me contar-lhe o que aconteceu. 

Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento. 

Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria. 

Eu não estava em casa naquele momento. 

Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois me lembrei que o barco tinha um furo. 

Grandes foram meu alívio e minha alegria quando os vi retornando, sãos e salvos. 

Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado. Percebe, agora, o que fez? 

Salvou a vida de meus filhos! Não tenho dinheiro suficiente para lhe pagar pela sua ‘pequena’ boa ação...” 

* * * 

Se em nossa ação diária todos nós fizéssemos como aquele pintor, certamente o mundo seria diferente. 

Mas, o que geralmente acontece é que fazemos apenas a nossa obrigação, quando a fazemos. 

Fazer o que nos compete, com disposição e zelo, é apenas cumprir um dever. 

Todavia, se, além do dever, buscássemos fazer o que precisa ser feito, sem que ninguém nos peça, então poderíamos dizer que estamos investindo numa sociedade melhor. 

Quem trabalha apenas para receber seu salário, demonstra que vale quanto ganha. 

Mas, quem executa suas obrigações e vai além, sem esperar recompensa alguma, está investindo na própria felicidade. 

O trabalho dignifica o ser, mas o trabalho feito com amor e dedicação, enobrece a alma. 

Trabalhar por convicção e prazer, e não por obrigação, é a melhor maneira de se sentir bem. 

Isso porque, se ninguém elogiar nosso trabalho nem reconhecer nosso esforço, para nós não fará diferença alguma. 

A grande satisfação estará calcada unicamente em fazer com excelência o que fazemos. E o salário, nesse caso, será apenas uma conseqüência. 

* * * 

Toda a natureza trabalha. 

Trabalha o pássaro, trabalha o inseto. Os peixes também trabalham. 

Até mesmo o verme executa seu trabalho embaixo do solo. E o verme executa fielmente a tarefa que o Criador lhe confia, sem reclamar, nem esperar recompensa. 

E você, está fazendo a sua parte com fidelidade?