Definições
Processos mentais: aprendizagem, lembranças, desejos, pensamentos, (não é palpável).
Comportamentos: toda ação é um comportamento, (andar e sorrir).
Tanto processo mental e comportamentos, caminham juntos.
As hierarquias das necessidades humanas
Maslou cita o comportamento motivacional, que é aplicado pelas necessidades humanas. Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os às ações. Para que haja ação a reação é preciso que um estímulo seja “implementado”, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Esta teoria nos dá idéia de um ciclo motivacional.
Quando o ciclo motivacional não se realiza, sobrevém a frustração do indivíduo que poderá assumir várias atitudes.
a-) Comportamento ilógico ou sem normalidade;
b-) Agressividade por não poder dar razão à insatisfação contida;
c-) Nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios – digestivos;
d-) Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos;
e-) Passividade, moral baixa, má vontade, pessimismo, resistências às modificações, insegurança, não colaboração, etc.
Maslou apresentou uma teoria da motivação, a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de influência, numa pirâmide, em cuja base estão às necessidades baixas e no topo, as necessidades mais elevadas.
De acordo com Maslou, as necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie, alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. As necessidades de segurança constituem a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga e o perigo. As necessidades sociais incluem aa necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor. As necessidades de estima envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração, além de desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e autonomia.
A necessidade de auto-realização são as mais elevadas, até cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de auto desenvolver-se continuamente.
Psicologia do Desenvolvimento
Esta área de conhecimento da psicologia estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos: físicos, motor, intelectual, afetivo-emocional e social, desde o nascimento até a morte.
O desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento mental é uma construção contínua. Estas são as formas de organização da atividade mental que se vão aperfeiçoando e se solidificando até o momento em que todas elas se estruturam.
Algumas dessas estruturas mentais permanecem ao longo de toda vida. Esse estudo nos faz compreender a importância do estudo do desenvolvimento humano.
Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa etária.
Planejar o que é, como ensinar, implica saber quem é o educando. Existem formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo, próprios de cada faixa etária.
Fatores Que Influenciam o Desenvolvimento Humano
-Hereditariedade
A carga genética estabelece o potencial do indivíduo, que pode ou não se desenvolver. A inteligência pode desenvolver-se de acordo com as condições do meio em que se encontra.
-Crescimento orgânico
Refere-se ao aspecto físico.
-Maturação neurológica
É o que torna possível determinado padrão de comportamento.
-Meio
Conjunto de influências e estimulação ambientais que altera os padrões de comportamento do indivíduo.
Aspectos do desenvolvimento humano
Aspecto-físico-motor
Refere-se ao crescimento orgânico, à maturação neurofisiológica, ex: A criança que leva a chupeta à boca.
Aspecto intelectual
É a capacidade de pensamento, raciocínio, ex: A criança de 2 anos que usa um cabo de vassoura para puxar um brinquedo que está embaixo de um móvel.
Aspecto afetivo-emocional
È o modo particular de o indivíduo integrar as suas experiências. A sexualidade faz parte desse aspecto, ex: A vergonha que sentimos em algumas situações.
Aspecto social
É a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas, ex: Quando em um grupo há uma criança que permanece sozinha.
Não é possível encontrar um exemplo “puro”, porque todos estes aspectos relacionam-se permanentemente. Mãe-filho-pai=amor
Teoria de Freud ( prazer-saciar suas vontades) 3 zonas herôgenas
1ª A boca – intuição (fixação da fase oral: mamar no seio, choro, comer).
2ª Região anal (prazer em evacuação, necessidade fisiológica).
3ª Região genital ou fálica (desenvolvimento da sexualidade).
Quando completamente estruturada aparece o libido (auto conhecimento) afetividade, egocentrismo (pai e mãe ) não quer dividir o amor da mãe.
Componentes da personalidade
A personalidade é moldada pelas experiências das crianças em seus primeiros anos de vida, época em que passa por uma seqüência de fases psicossociais.
Freud (1974) acreditava que a medida que se processa o desenvolvimento psicológico do indivíduo, a energia sexual (a libido) transfere-se para regiões diferentes do corpo.
A partir dessa convicção determinou três zonas herôgenas, extremamente sensível à estimulação prazerosa, como ponto de partida para sua teoria de desenvolvimento da personalidade:
-boca
-região anal
-região genital.
- Segundo Freud, em cada fase do desenvolvimento o prazer concentra-se em uma dessas três áreas. Uma concessão excessiva a ou uma acentuada repressão desses prazeres fazem com que a pessoa tenha problemas dessa natureza serem transferidos para a idade adulta, gerando tendências do tipo, busca de um conjugue que se identifique com os pais por exemplo.
Fase oral – Durante o 1º ano de vida, o prazer provém da boca. A criança delicia-se quando come, suga ou morde.
Fase anal – Durante o 2º ano de vida, o prazer provém da região anal. Inicialmente é sentido ao expelir as fezes, depois, ao retê-las.
O prazer deve-se, principalmente, à redução da tensão que se segue à evacuação.
Fase fálica ou genital – Durante o 3º, 4º e 5º ano, a criança descobre que os órgãos genitais proporcionam prazer, chegando muitas delas a se masturbar.
Nesta fase é comum o menino apaixonar-se pela mãe (segundo Freud) e perceber o pai como rival. Mais tarde o menino identifica-se com o pai porque é uma forma mais fácil de chegar à mãe, pois a mãe gosta do pai. Com a menina ocorre o mesmo, só que é com o pai, porém, de forma mais amena.
Apesar de poder apresentar uma variação infinita no seu mundo interno, cada indivíduo tem uma tendência de ser de algum modo, isto é a estrutura do seu mundo interno e as suas tendências configuram a sua individualidade na sua forma. A isto chamamos de personalidade.
Personalidade significa caráter a qualidade do que é pessoal, segundo Corve(2002), personalidade é aquilo que caracteriza a pessoa. É, para o indivíduo, o que o semelhante é para o corpo.
É sua marca pessoal, o que a identifica. A partir das explicações podemos descrever assim os elos escondidos que ligam um evento ao outro.
Inconsciente – Contém elementos instintivos que não são acessíveis à consciência. O inconsciente existe, mas o indivíduo não consegue ter acesso direto a suas informações.
Pré-consciente – Faz parte do inconsciente,podendo se tornar consciente ou não.
Consciente – envolve fatos recentes o que está ciente ou está presente num dado momento.
De acordo com a teoria freudiana, esses 3 elementos constituem a base de todo o estudo da personalidade que são ID, EGO e SUPEREGO.
ID – Contém material herdado instintivo, é desejo, vontade, é o irracional do indivíduo, o reservatório de toda a personalidade.
EGO – É a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. Desenvolve-se a partir do ID e tem a tarefa de garantir saúde, segurança e sanidade da personalidade por meio do equilíbrio entre ID e SUPEREGO.
SUPEREGO – Se desenvolve a partir do ego, atuando como juiz e depois de códigos morais, regras e normas.
Características da criança
1 – De zero a 3 meses, a criança responde favoravelmente a qualquer tipo de estímulos do ambiente. Dos 3 aos 7 meses, manifesta necessidade de estímulos do ambiente e sociais, porém não discrimina esses estímulos, respondendo bem a qualquer pessoa.
2 – Até a faixa de 5 a 6 meses, os objetos existem para a criança somente quando estão presente, quando retirados, a criança não consegue formar sua imagem mental. (Piajet) a partir dessas informações nessa idade, a criança não é capaz de formar uma imagem a mãe, nem de estabelecer com ela uma relação permanente. Aceitando assim qualquer pessoa que se aproxima dela.
3 – Importante, durante a amamentação, seja através do sexo ou da mamadeira, a mãe deve conversar com a criança.
- Após os 7 meses, existe uma necessidade de estimulação constante por uma ou mais pessoas escolhidas em seu ambiente. A criança já escolheu as pessoas, reconhece os pais, estranhos os outros, (Shaffer).
- Nessa faixa, algumas crianças parecem gostar de receber mimos, beijos, carinhos, enquanto outras reagem negativamente a isso.
Assim – Depois de 7 meses, a criança necessita de mais estímulo social e ainda, da presença das mesmas pessoas, sentindo-se abandonada quando elas se afastam por mais tempo. A partir dessa idade, é normal a criança demorar a adaptar-se a novos ambientes, (hospital Poe ex.).
4 – Com 2 anos, a recordação é plenamente possível, mas mantém-se por um período muito curto de tempo. A criança vive o presente, lembra-se pouco do passado. Essa característica pode perdurar até 3 anos, nessa idade a criança não consegue associar bem as coisas. Por exemplo (se ela puser a mão no fogo, se queimar, poderá fazê-lo de novo, pois não faz associações precisas entre causas e efeitos). Esse fato pode ocorrer por 2 motivos:
Características da adolescência
- O aparecimento dos caracteres sexuais secundários.
- O redespertar dos impulsos sexuais e da necessidade de convivência com o sexo oposto, como importante símbolo de status social. O adolescente torna-se capaz de pensar de um modo muito abstrato e sua capacidade de aprendizado atinge o ponto mais alto.
- A revolta contra a autoridade dos pais e das demais pessoas, como uma forma de manifestação da própria identidade. A adolescência é um período de transição entre a infância e a maturidade(adulta), mascada por inúmeras modificações e por uma intensa busca de adaptação social.
- As incertezas e os problemas vividos pelo adolescente decorre de vários fatores, tais como: relacionamentos familiares, sociais e do maio cultural em que vive.
- No entanto, à sociedade em que a passagem do indivíduo do estágio correspondente à adolescência para o mundo adulto se faz naturalmente, sem que ocorram os distúrbios do ‘período de transição’.
O paciente adolescente
- A reação do paciente adolescente é variada, dependendo do tipo de doença, da personalidade e da maturidade do paciente.
- Como o adolescente já tem consciência do próprio corpo, um dos problemas que costuma surgir é a reação à transformações físicas que se verificam durante a puberdade. Daí poder achar a falta de privacidade acorrentada pela hospitalização mais incômoda que para pessoas em outras fases da vida.
- O adolescente não é adulto, mas também não quer ser tratado como criança. Portanto, fica inibido quando seus companheiros são adultos, em sua maioria.
- O adolescente sente enorme necessidade de desprender energia. A imobilidade barra essas válvulas de escape de energia e pode desviar o jovem para dentro e si, provocando ansiedade e tensão.
- O adolescente é um cooperador, encara a doença como fato passageiro e tem muita vantagem de melhorar logo.
Idade Adulta
A adultícia está mais relacionada com a maturidade do que com a idade. Alguns problemas comuns do adultos são:
* Sobrecarga de tensão, associada ao trabalho.
* Tensão na adaptação com a vida conjugal (sexual, etc).
* Problemas com os filhos.
* Novas adaptações no período da meia-idade, caracterizada principalmente pela depressão.
Paciente Adulto
O doente adulto tem medo do desconhecido, principalmente por ignorar sua patologia e as medidas que são tomadas em seu tratamento. Toda doença causa um verdadeiro impacto psicológico nas pessoas, tanto pela preocupação que a carreta, como pelo medo do desconhecido e da morte.
O adulto é independente por natureza e um problema que provavelmente encontrará é a necessidade de depender dos outros, como paciente que é. Essa circunstância pode provocar manifestações como a regressão, a agressividade, a tristeza, o egocentrismo, a angustia, enfim, uma verdadeira frustração em face da mudança radical que há em sua vida.reagir diante do sofrimento, por menor que ela seja é um fato muito natural.
Cada paciente, de acordo com sua condição pessoal e concreta e com a sua doença apresenta reações diferentes.
O paciente precisa sentir-se compreendido, especialmente no plano afetivo emocional.
Quanto mais os medos e as incertezas forem aliviados por palavras tranqüilizantes e explicações, menos grave será a alteração do comportamento do doente. Nada pode impressionar mais negativamente e destruir sua confiança na enfermagem do que o funcionário que afirma: “não vai doer nada”, sendo que, de fato, a intenção provocará desconforto ou dor.
Lembre-se: A enfermagem assiste ao ser humano e não a sua doença.
Cada paciente, pelo fato de ser doente não deixa de ser uma pessoa distinta; por isso, a enfermagem deve adaptar suas atitudes a personalidade de cada um. Para isto, obviamente, um senso de observação muito grande e uma sensibilidade capaz de captar os detalhes que possibilitam o conhecimento de certas ações e comportamentos dos pacientes sob seus cuidados.
Idoso
Características do idoso
* Redução da capacidade de integrar novos princípios, de orientação, conseqüente dependência progressiva dos princípios e idéias do passado.
* Tendência a ser mais rígido na maneira de pensar e dificuldades de aceitar novas idéias, conceitos apresentados pelas pessoas com quem convive.
* Lentidão na apreensão de idéias e mais insegurança na evacuação dos acontecimentos recentes; vive mais o passado.
* Afrouxamento dos laços familiares, o que pode tomar mais difícil o acesso da pessoa idosa aos contatos familiares e aumentar ainda mais seus sentimentos de melancolia e solidão.
* Fortalecimento da fé religiosa, o que favorece a aceitação do envelhecimento e da morte.
O Paciente Idoso
É uma pessoa vunerável, por isso requer assistência de enfermagem adequada.
A enfermagem deverá possibilitar ao idoso uma vida ordenada e segura, demonstrando-lhe respeito, compreensão e afeto. Além disso deve ajudá-lo a superar seus sentimentos de inutilidade e as dificuldades inerentes a sua situação pessoal e patológica.
É importante reconhecer que a velhice não é uma doença, mas uma fase normal da vida humana.