sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

PEIXES Publicado em: 18 de fevereiro de 2010

Com o derradeiro mês do Verão temos o trânsito do Sol pelo signo de Peixes, o último da jornada zodiacal. A Astrologia orienta-se pela sequência das estações e o fim do Verão marca o final de mais um ciclo da natureza.

A passagem do Sol por Peixes simboliza uma conclusão daquilo que foi vivido nos últimos 12 meses. As sementes materiais e espirituais do que plantamos durante todo este período mostram enfim o seu resultado. As condições que nos cercam, o nosso estado de espírito, a capacidade de integração com o ambiente e o nosso senso de segurança psíquica e emocional estarão diretamente envolvidos com as experiências obtidas ao longo do ano.

Por isso, o momento sugere um balanço que vá além das conquistas e metas realizadas nos últimos meses, e passa justamente pelo grau de evolução (positiva ou negativa) que conseguimos atingir enquanto seres espirituais encarnados na realidade mundana. Em princípio, cada novo ciclo da Natureza oferece a oportunidade de nos aperfeiçoarmos na busca de um envolvimento cada vez mais “total” com a essência dos nossos verdadeiros propósitos e com o Cosmo. Será que temos agido de modo mais comprometido com o desenvolvimento do nosso ser?

Peixes deveria representar o momento em que as pessoas se deparam com a magia da natureza sazonal da Terra e do Cosmo, servindo de pano de fundo para a reflexão sobre como podemos nos tornar indivíduos melhores e mais integrados, para podermos ser mais conscientes e fecundos ainda. A eterna transição entre as estações é um movimento sagrado, inerente à condição humana e ao meio ambiente em que vivemos. Esta é, portanto, uma ótima ocasião para meditarmos sobre o significado da nossa existência, o que temos plantado para a nossa vida e qual o destino que realmente se afina com as diversas potencialidades que o nosso espírito possui.

Se Aquário, o signo imediatamente anterior a Peixes, marca uma integração da pessoa com os grupos e a sociedade de maneira geral, Peixes simbolizará uma forte capacidade de absorção dos diversos estímulos que advêm de toda a Natureza, e até mesmo do que está além dela.

Peixes revela uma antena de fina sintonia e, por isso mesmo, indica a importância de se ter sempre o cuidado com a exposição indiscriminada a toda sorte de influências. Um de seus planetas regentes é Netuno, associado a tudo aquilo que fascina, inspira e ilumina do ponto de vista espiritual, mas também àquilo que pode se impregnar de ilusão, entorpecimento e fuga. A tal ponto que Peixes passa a ser vinculado a sacerdotes e médiuns, poetas e artistas, filantropos e pacifistas, mas também a mentirosos e contraventores, escapistas e invejosos, loucos e drogados. No estágio em que a humanidade se situa, a própria espiritualidade apresenta uma faceta negativa e outra positiva, há o bem e há o mal. Daí a importância da sintonia, bem como da forma e com que tipo de energia ela será estabelecida. Importância em não se comportar como uma esponja, e sim como seres conscientemente receptivos às vibrações positivas.

Por ser o derradeiro signo, Peixes marca a passagem para o extramundano. Acaba sendo mais um signo de outro plano/dimensão do que propriamente desta realidade, se pensada como sendo estritamente o senso comum. Peixes se liga a visionários e pessoas capazes de sacrifícios, de tão abnegadas e dispostas a diluírem o egoísmo em prol da compaixão e do amor ao próximo e ao Universo. Não à toa o símbolo primeiro do Cristianismo, que identificava os fiéis entre si quando havia a perseguição dos romanos, eram dois peixes.

Portanto, Peixes ensina o dom da entrega. Em que medida somos capazes de desenvolver compaixão e amor ao próximo e capazes de superar nossos medos e egoísmos proporcionados pela visão autocentrada e pela desconexão com a Natureza e com a vida? Esse é o verdadeiro milagre: fundir-se com o todo e, ao tomar consciência de ser parte dele, transcender a idéia de indivíduo, da própria existência.

Dimitri Camiloto
Biografia:

Dimitri Camiloto é astrólogo do Estrela Guia.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sem ter o que fazer

Trabalho, trabalho e trabalho. Onde vou para com tanto trabalho. Sei que preciso trabalhar, preciso de uma renda de onde tirar meu sustento e vicios. Trabalho pra enobrecer a alma. Trabalho para manter-me ocupado. Trabalho para passar o tempo, mas até quando tenho que trabalhar. Canso de tanto trabalhar e quando fico parado, canso de ficar sem fazer nada, então trabalho.
Trabalho para empresa crescer, trabalho para agradar os clientes, trabalho para ajudar os colegas, trabalho para ajudar meu chefe, trabalho para um mundo melhor, isso é difícil, mas tento trabalhar. volto pra casa descanso para o próximo dia voltar a trabalhar, descanso no final de semana pra semana que estar renovado, é por isso que trabalho, só por trabalhar. Tenho sonhos, tenho projetos, tenho metas e tenho pressa, então vou trabalhar.
Trabalho, reclamo, trabalho feliz, trabalho com pressa, trabalho de vagar, trabalho com pessoas, trabalho em escritório, trabalho em pé, trabalho sentado, trabalho é duro, o trabalho é fácil, trabalho é trabalho, é por isso que eu trabalho.
Sem ter o que fazer, sem ter o que comprar, eu para o trabalho, pra depois eu comprar, gastar dinheiro à toa, sem rumo sem algum lugar pra chegar.
Trabalho, trabalho, trabalho...até quando vou trabalhar.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Em busca...caminhando.

O desespero parece cada vez maior, onde buscar forças nessas horas,
Me sinto sozinho, sem rumo, sem caminho, por onde eu ando.
Que caminho tomar, sem pressa de chegar, já estou atrasado,
Minhas forças já estão se deteriorando, preciso de mais, mas não sei de onde tirar.
Eu ansio pelo amanhã, não tenho paciência de esperar, o que será de mim.
Não consigo administrar minha vida, então por onde eu começo,
Preciso de muita ajuda, mas sobre tudo paciência.
Eu caminho sem rumo, sem destino, em busca de mim mesmo,
Por terras distantes em algum lugar do passado, pois o presente,
Estou ausente, caminhando em direção alguma, com pressa com culpa.
Eu ando a esmo, agora vejo o futuro, mas espero que vire presente,
que nunca chega neste instante, pra onde devi ir, que caminho seguir.
Caminhando e cantando e seguindo o que a canção, que canção?
não vejo motivo de caminhar, mas sinto a necessidade de andar.
Então eu ando, ando e ando, sem cantar, só andar.
Caminhante nos recônditos da vida, eu procuro por uma vida,
Será que chego lá, mas vou a caminhar, sem parar.
Caminho, as vezes devagarinho, só caminho...
Busco riqueza, mas não sei de onde tirar, apenas sonho,
Em me enricar, a palavra soa bonita, mas é difícil enricar,
Mas percorro esse caminho sem algum lugar chegar.
Onde erro, onde caminhei errado, pra chegar até aqui,
Preciso de outro caminho pra poder seguir.
Quero paz interior, quero prosperidade na alma,
Quero simplesmente voltar pra casa.
Para o colo do pai, mas tudo ao seu tempo.
Preciso continuar pelo caminho a dentro.
Eu penso demais, não organizo os pensamentos, muita coisa sai daqui de dentro,
Idéias é o que não faltam, o que falta é coragem.
Coragem de arriscar, coragem de tentar, o medo de errar é tamanho,
Eu travo quando quero por em prática minhas idéias mirabolantes.
Então eu volto a pensar, só pensar, em tudo que deixei de fazer,
Em tudo que deixarei de preparar, eu só quero pensar.
Penso, não sei se logo existo, pensar é humano!
Talvez seja, talvez não seja...eu penso, sem pedir licença.
Eu quero viver uma vida que sonhei toda minha vida,
Mas não sei onde encontra-la, por isso que caminho,
Sem rumo, sem destino, a procura de uma vida.
-Mas que vida é essa, como sonha acordado,
Acorda estúpido, vá trabalhar, assim ocupa a cabeça.
Mas hora veja, que idéia mais absurda, procurando uma vida.
Parece conversa de louco, é melhor ir se tratar.
Pois só se tem uma só, esta escrito, não sei onde, mas é o que todo mundo fala...
-Você parece chateado, magoado, decepcionado. Levante a cabeça.
Olhe em sua volta e veja o que construiu.
Tem família, amigos, emprego...o que mais você quer.
Quero mais vida, vida em abundância, vida plena, só vida.
Eu quero um pouco de mim perdido em algum lugar lá atrás.
Quem pode me ajudar.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Meu herói favorito

Uns dos meus super heróis favorito é o super homem, aquele ser calmo, forte, que sabe resolver os problemas dos pobre mortais, com sua visão de raio x sabe onde os bandidos estão entrando, com visão de raio-laser consegue afugentar qualquer criminoso. sempre quis ser ele, forte, bonito, veloz, sempre quis salvar as pessoas, impressionar os amigos, ser muito inteligente, poder voar no espaço. Mas aí surge uma questão quem me salvaria de mim mesmo, pois um simples mortal deixaria que o ego tomasse conta de mim, e aí me sentiria no direito de fazer coisas que muitos teriam vontade mas não poderia, pois a moral e a ética não deixa, e o sensacionalismo logo surgiria, a sociedade em si reprovaria tais atitudes, por que com toda as força que teria não existiria ninguém páreo para mim, e serei uma ameaça a todos os mortais na terra, mas as injustiças que existe poderia justificar tais atitudes, talvez sim, talvez não, não sei dizer.
Preciso aprender a controlar o monstro dentro de mim e depois controla-lo, depois usá-lo em prol da humanidade. E aí percebo que super herói é aquele que levanta cedo todos os dias, trabalha mais de oito horas todos os dias para garantir uma renda da qual possa dar uma vida digna aos seus familiares, é preciso se sentir um herói nessa vida, já que ela fica cada vez mais competitiva, e mesmo assim precisamos de um herói da qual nos espelhamos para sobreviver à mais um dia. qual é o seu super herói favorito.
Em segundo lugar surge Batman, um ser com roupas de borrachas que teve uma infância solitária depois do assassinato de seus pais, que deixou tora a herança só pra ele, ele detinha de status, dinheiro e toda tecnologia que o dinheiro poderia comprar, é meu segundo super herói favorito, pois ele não tem super poderes, mas tem dinheiro para fazer a diferença, o problema é que ele tem dificuldade de se relacionar com as mulheres, já que é autoritário, dominador. Sua única companhia é o mordomo, que faz tudo para ele, até projeta seus uniformes e veículos e carros, mas consegue dar um jeito nos bandidos, ta vendo como eu tenho motivos de sobra pra querer ser um super herói, mas como eu posso, como consigo ser um.
Os super heróis existem para poder nos dá forças para fazer algo que a principio não temos coragem ou força mesmo, é uma força interior que punciona, que mostra qual atitude tomar, mas temos que tomar cuidado com tais atitude pra não ferir o próximo e sim fazer algo de bom pra alguém. eu quero ser um super herói, qual super herói você quer ser?...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Qual melhor investimento

O mundo capitalista é muito cruel para quem não sabe lidar com o dinheiro, quando você não consegue controlar suas dívidas. Eu procuro uma forma de aumentar minha renda, vender sorvete, vender roupa, perfumes ou produtos de beleza, quero e vou prosperar, faço economia, procuro aprender com o mercado de trabalho, as novas tendências de relacionamentos inter-pessoais. Mercado hoje é mais exigente, e o profissional de hoje é ansioso, e busca correr contra o tempo de uma forma onde sua renda cresça desparadamente, sem se empenhar muito, os mais experientes do ramo, procura ensinar cautela aos jovens de hoje. claro que o mercado é competitivo, mas falta profissional especializado, com experiência no ramo e fluente em outro idioma, então o que buscar. Eu busco experiência, busco aprendizagem, busco perseverança, busco comunicação, informação e formação. O Brasil daqui a alguns anos passará a ser a quinta maior potência do mundo, e o mercado financeiro irá crescer junto, e as ações das grande empresas brasileiras serão disputadas uma a uma, é preciso uma organização para ajudar o investidor passivo, aquele que tem medo de usar o pouco que tem para melhorar a renda para o futuro, mas tem que ir com calma e ver qual a melhor forma de investir seu dinheiro, através de pessoas experientes que conhece bem seus investimentos.

Um dia qualquer.

Hoje é hoje e amanhã talvez eu faça alguma coisa, ou dou continuidade no hoje, hoje é uma dádiva, mas que dádiva, eu quero só viver, eu quero só fazer, o que ainda não sei, mas sei que o dia de hoje está mais cumprido do que o normal. Acho que estou ansioso pelo feriado do carnaval, eu quero me livrar do dia de hoje.
Estou na dúvida de hoje é hoje, me sinto um estranho no ninho. Que dia é hoje, será que estou vivo ou morto, o dia parece parado, nem sei onde estou, para que dia vou, hoje é terça, quinta ou sexta, sei não, só sei que quero sair daqui, mas pra onde devo ir.
Hoje é hoje?, que dia é hoje...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Historinha

Escrever deveria ser divertido, brincar com as palavras é mágico, descobrir o segredos que elas tem é fantástico, mas aí você começa perceber que não há segredos, pois as palavras simplesmente saem, querem viver e dar vida a sua história, querem contar uma história, ser parte de você, ensinar e aprender, palavras, são palavras e cantam, declamam, recitam, faz de você, um poeta, romancista, dr. em alguma coisa, palavras é importante, cada dia vem mais e diferentes, sofrem mudanças com o passar das eras e épocas, mas nunca deixam de existir, palavras, para que palavras. Eu quero aprender a lidar com elas, saber reuni-las e montar a minha história, mas tenho resistência, então eu travo as palavras na minha mente, da minha boca e da minha escrita, leio os outros, escrevo como os outros e aí parece que esta surgindo palavras no meu dicionário, mas aí eu falho, cadê você palavra que não vem e me deixa sem graça, me deixa dize-la, me deixe escreve-la, eu quero ser a palavra, eu quero estar a palavra e estar com a palavra, acho que preciso fazer a terapia do grito, haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, como é bom gritar, me sinto leve, um pouco livre, mas preciso descansar e relaxar, assim quem saber a palavra venha me ver e ter comigo uma conversa amiga e tranqüila e resolva colaborar comigo.
Palavras ao vento, não sei que vento, mas não desisto eu quero seu tormento, palavras são ferozes, mas acho que posso doma-las, por que eu quero ter palavras no meu cérebro.
Agora o que importa é ter um pouco agora.
Palavras de diversão, pra brincar que nem molekão.
Poemas e versos, histórias e conhecimentos.
Palavras pequenas e grandes também.
Eu quero aprender e falar de montão.
Eu preciso me divertir com as palavras do porão.
Tenho que abrir a porta da casa dos sótão.
Deixar que saiam e bagunçam comigo.
Palavras maldosas, essas não quero não.
Palavras cheirosas essas tem de montão.
Palavra, palavrinha, palavrão.
Parece um poema sem muita rima
que sai da minha cabeça sem muita euforia.

Pensamentos de Mahatma Gandhi

O desejo sincero e profundo do coração é sempre realizado; em minha própria vida tenho sempre verificado a certeza disto.
Creio poder afirmar, sem arrogância e com a devida humildade, que a minha mensagem e os meus métodos são válidos, em sua essência, para todo o mundo.
Acho que vai certo método através das minhas incoerências. Creio que há uma coerência que passa por todas as minhas incoerências assim como há na natureza uma unidade que permeia as aparentes diversidades.

As enfermidades são os resultados não só dos nossos atos como também dos nossos pensamentos.

Satyagraha - a força do espírito - não depende do número; depende do grau de firmeza.

Satyagraha e Ahimsa são como duas faces da mesma medalha, ou melhor, como as duas cades de um pequeno disco de metal liso e sem incisões. Quem poderá dizer qual é a certa? A não-violência é o meio. A Verdade, o fim.

A minha vida é um Todo indivisível, e todos os meus atos convergem uns nos outros; e todos eles nascem do insaciável amor que tenho para com toda a humanidade.

Uma coisa lançou profundas raízes em mim: a convicção de que a moral é o fundamento das coisas, e a verdade, a substância de qualquer moral. A verdade tornou-se meu único objetivo. Ganhou importância a cada dia. E também a minha definição dela se foi constantemente ampliando.

Minha devoção à verdade empurrou-me para a política; e posso dizer, sem a mínima hesitação, e também com toda a humildade que, não entendem nada de religião aqueles que afirmam que ela nada tem a ver com a política.

A minha preocupação não está em ser coerente com as minhas afirmações anteriores sobre determinado problema, mas em ser coerente com a verdade.

O erro não se torna verdade por se difundir e multiplicar facilmente. Do mesmo modo a verdade não se torna erro pelo f ato de ninguém a ver.

O amor é a força mais abstrata, e também a mais potente, que há no mundo.

O Amor e a verdade estão tão unidos entre si que é praticamente impossível separá-los. São como duas faces da mesma medalha.

O ahimsa (amor) não é somente um estado negativo que consiste em não fazer o mal, mas também um estado positivo que consiste em amar, em fazer o bem a todos, inclusive a quem faz o mal.

O ahimsa não é coisa tão fácil. É mais fácil dançar sobre uma corda que sobre o fio da ahimsa.

Só podemos vencer o adversário com o amor, nunca com o ódio.

A única maneira de castigar quem se ama é sofrer em seu lugar.

É o sofrimento, e só o sofrimento, que abre no homem a compreensão interior.

Unir a mais firme resistência ao mal com a maior benevolência para com o malfeitor. Não existe outro modo de purificar o mundo.

A minha natural inclinação para cuidar dos doentes transformou-se aos poucos em paixão; a tal ponto que muitas vezes fui obrigado a descuidar o meu trabalho. . .

A não-violência é a mais alta qualidade de oração. A riqueza não pode consegui-Ia, a cólera foge dela, o orgulho devora-a, a gula e a luxúria ofuscam-na, a mentira a esvazia, toda a pressão não justificada a compromete.

Não-violência não quer dizer renúncia a toda forma de luta contra o mal. Pelo contrário. A não-violência, pelo menos como eu a concebo, é uma luta ainda mais ativa e real que a própria lei do talião - mas em plano moral.

A não-violência não pode ser definida como um método passivo ou inativo. É um movimento bem mais ativo que outros e exige o uso das armas. A verdade e a não-violência são, talvez, as forças mais ativas de que o mundo dispõe.

Para tornar-se verdadeira força, a não-violência deve nascer do espírito.

Creio que a não-violência é infinitamente superior à violência, e que o perdão é bem mais viril que o castigo...

A não-violência, em sua concepção dinâmica, significa sofrimento consciente. Não quer absolutamente dizer submissão humilde à vontade do malfeitor, mas um empenho, com todo o ânimo, contra o tirano. Assim um só indivíduo, tendo como base esta lei, pode desafiar os poderes de um império injusto para salvar a própria honra, a própria religião, a própria alma e adiantar as premissas para a queda e a regeneração daquele mesmo império.

O método da não-violência pode parecer demorado, muito demorado, mas eu estou convencido de que é o mais rápido.

Após meio século de experiência, sei que a humanidade não pode ser libertada senão pela não-violência. Se bem entendi, é esta a lição central do cristianismo.

Só se adquire perfeita saúde vivendo na obediência às leis da Natureza. A verdadeira felicidade é impossível sem verdadeira saúde, e a verdadeira saúde é impossível sem rigoroso controle da gula. Todos os demais sentidos estarão automaticamente sujeitos a controle quando a gula estiver sob controle. Aquele que domina os próprios sentidos conquistou o mundo inteiro e tornou-se parte harmoniosa da natureza.

A civilização, no sentido real da palavra, não consiste na multiplicação, mas na vontade de espontânea limitação das necessidades. Só essa espontânea limitação acarreta a felicidade e a verdadeira satisfação. E aumenta a capacidade de servir.

É injusto e imoral tentar fugir às conseqüências dos próprios atos. É justo que a pessoa que come em demasia se sinta mal ou jejue. É injusto que quem cede aos próprios apetites fuja às conseqüências tomando tônicos ou outros remédios. É ainda mais injusto que uma pessoa ceda às próprias paixões animalescas e fuja às conseqüências dos próprios atos.

A Natureza é inexorável, e vingar-se-á completamente de uma tal violação de suas leis.

Aprendi, graças a uma amarga experiência, a única suprema lição: controlar a ira. E do mesmo modo que o calor conservado se transforma em energia, assim a nossa ira controlada pode transformar-se em uma função capaz de mover o mundo. Não é que eu não me ire ou perca o controle. O que eu não dou é campo à ira. Cultivo a paciência e a mansidão e, de uma maneira geral, consigo. Mas quando a ira me assalta, limito-me a controlá-la. Como consigo? É um hábito que cada um deve adquirir e cultivar com uma prática assídua.

O silêncio já se tornou para mim uma necessidade física espiritual. Inicialmente escolhi-o para aliviar-me da depressão. A seguir precisei de tempo para escrever. Após havê-lo praticado por certo tempo descobri, todavia, seu valor espiritual. E de repente dei conta de que eram esses momentos em que melhor podia comunicar-me com Deus. Agora sinto-me como se tivesse sido feito para o silêncio.

Aqueles que têm um grande autocontrole, ou que estão totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavra e ação juntas não andam bem. Repare na natureza: trabalha continuamente, mas em silêncio.

Aquele que não é capaz de governar a si mesmo, não será capaz de governar os outros.

Quem sabe concentrar-se numa coisa e insistir nela como único objetivo, obtém, ao cabo, a capacidade de fazer qualquer coisa.

A verdadeira educação consiste em pôr a descoberto ou fazer atualizar o melhor de uma pessoa. Que livro melhor que o livro da humanidade?

Não quero que minha casa seja cercada por muros de todos os lados e que as minhas janelas esteja tapadas. Quero que as culturas de todos os povos andem pela minha casa com o máximo de liberdade possível.

Nada mais longe do meu pensamento que a idéia de fechar-me e erguer barreiras. Mas afirmo, com todo respeito, que o apreço pelas demais culturas pode convenientementemente seguir, e nunca anteceder, o apreço e a assimilação da nossa. (...) Um aprendizado acadêmico, não baseado na prática, é como um cadáver embalsamado, talvez para ser visto, mas que não inspira nem nobilita nada. A minha religião proíbe-me de diminuir ou desprezar as outras culturas, e insiste, sob pena de suicídio civil, na necessidade de assimilar e viver a vida.

Ler e escrever, de per si, não são educação. Eu iniciaria a educação da criança, portanto, ensinando-lhe um trabalho manual útil, e colocando-a em grau de produzir desde o momento em que começa sua educação. Desse modo todas as escolas poderiam tornar-se auto-suficientes, com a condição de o Estado comprar os manufaturados.

Acredito que um tal sistema educativo permitira o mais alto desenvolvimento da mente e da alma. É preciso, porém, que o trabalho manual não seja ensinado apenas mecanicamente, como se faz hoje, mas cientificamente, isto é, a criança deveria saber o porquê e o como de cada operação.

Os olhos, os ouvidos e a língua vêm antes da mão. Ler vem antes de escrever e desenhar antes de traçar as letras do alfabeto.

Se seguirmos este método, a compreensão das crianças terá oportunidade de se desenvolver melhor do que quando é freada iniciando a instrução pelo alfabeto.

Odeio o privilégio e o monopólio. Para mim, tudo o que não pode ser dividido com as multidões é "tabu".

A desobediência civil é um direito intrínseco do cidadão. Não ouse renunciar, se não quer deixar de ser homem. A desobediência civil nunca é seguida pela anarquia. Só a desobediência criminal com a força. Reprimir a desobediência civil é tentar encarcerar a consciência.

Todo aquele que possui coisas de que não precisa é um ladrão.

Quem busca a verdade, quem obedece a lei do amor, não pode estar preocupado com o amanhã.

As divergências de opinião não devem significar hostilidade. Se fosse assim, minha mulher e eu deveríamos ser inimigos figadais. Não conheço duas pessoas no mundo que não tenham tido divergências de opinião. Como seguidor da Gita (Bhagavad Gita), sempre procurei nutrir pelos que discordam de mim o mesmo afeto que nutro pelos que me são mais queridos e vizinhos.

Continuarei confessando os erros cometidos. O único tirano que aceito neste mundo é a "silenciosa e pequena voz" dentro de mim. Embora tenha que enfrentar a perspectiva de formar minoria de um só, creio humildemente que tenho coragem de encontrar-me numa minoria tão desesperadora.

Nas questões de consciência a lei da maioria não conta.

Estou firmemente convencido que só se perde a liberdade por culpa da própria fraqueza.

Acredito na essencial unidade do homem, e, portanto na unidade de tudo o que vive. Por conseguinte, se um homem progredir espiritualmente, o mundo inteiro progride com ele, e se um homem cai, o mundo inteiro cai em igual medida.

Minha missão não se esgota na fraternidade entre os indianos. A minha missão não está simplesmente na libertação da Índia, embora ela absorva, em prática, toda a minha vida e todo o meu tempo. Por meio da libertação da Índia espero atuar e desenvolver a missão da fraternidade dos homens.

O meu patriotismo não é exclusivo. Engloba tudo. Eu repudiaria o patriotismo que procurasse apoio na miséria ou na exploração de outras nações. O patriotismo que eu concebo não vale nada se não se conciliar sempre, sem exceções, com o maior bem e a paz de toda a humanidade.

A mulher deve deixar de se considerar o objeto da concupiscência do homem. O remédio está em suas mãos mais que nas mãos do homem.

Uma vida sem religião é como um barco sem leme.

A fé – um sexto sentido – transcende o intelecto sem contradizê-lo.

A minha fé, nas densas trevas, resplandece mais viva.

Somente podemos sentir deus destacando-nos dos sentidos.

O que eu quero alcançar, o ideal que sempre almejei com sofreguidão (...) é conseguir o meu pleno desenvolvimento, ver Deus face-a-face, conseguir a libertação do Eu.

Orar não é pedir. Orar é a respiração da alma.

A Teologia Hindu e a vinda de Gandhi

Se em algum momento na história da humanidade se pode dizer que uma Nação teve um porta-voz, esta Nação foi a Índia e seu porta-voz consensual na primeira metade do século XX foiMohandas Karamchand Gandhi – Mahatma, a “Grande Alma”.

A complexa Teologia Hindu reza que há um único Deus e este se apresenta em 3 formas: Brahma, o Criador; Shiva, o Destruidor (sempre presente quando a história chega a seu final) e Vishnu, o Equilibrador (a serviço do Dharma). Quando o caos ameaça a humanidade, Vishnu toma a forma humana para recompor a ordem. Segundo o Mahabharata, Vishnu veio ao mundo como Krishna, no alvorecer da civilização indiana. Para seus contemporâneos, Mohandas Gandhi, que repudiava ser chamado assim, constituía a mais recente encarnação da divindade, portanto era chamado de Grande Alma. Devotou a sua vida à causa da Independência da Índia e a encaminhou política e religiosamente em perfeita harmonia com a Tradição de seu povo, daí o estrondoso sucesso obtido.


Mahatma Gandhi (1869 – 1948) da Tradição

Temos no mundo duas grandes Tradições esotéricas: a Ocidental que remonta às Escolas de Mistério do Antigo Egito e da Caldéia. Dela nutriram-se várias gerações de nossos dirigentes espirituais e nossa Tradição sempre foi mantida secreta ou, de alguma forma sob o controle de determinados grupos sociais, contra outros que poderiam destruí-lo intencionalmente (como os mais altos funcionários das religiões constituídas, particularmente judaísmo, cristianismo e islamismo) ou por ignorância (como todos aqueles a quem a Tradição representava complicação exageradamente distante de sua lida cotidiana). Segundo desejam alguns, dentre os quais destaca-se Platão, esta Tradição remonta mais remotamente ainda à Atlântida, cuja existência empírica jamais foi conclusivamente comprovada ou definitivamente descartada.

A Tradição Oriental se apresenta de maneira distinta principalmente na China, no Tibete, no Japão e na Índia. Ali não parece ter ocorrido tão severa cisão entre a religião e a Tradição, de maneira que as próprias religiões constituídas se transformaram em importantes veículos de transmissão da Tradição. Enquanto no Ocidente se tinha de enfrentar perseguições as mais diversas à Tradição, no Oriente, por suas peculiaridades, esta foi intensamente difundida e popularizada. Ali a Tradição protege-se a si mesma em sua complexidade e fascina a quantos dela se aproximam. Também segundo alguns aquela Tradição reverbera a de um outro Continente Perdido no Oceano Pacífico: a Lemúria, de existência tão provável ou improvável quanto a Atlântida e datação, portanto, tão complexa quanto sua similar ocidental.

Embora aparente, não há divergência de fundo entre as Tradições do Ocidente e do Oriente, o que foi provado pelas descobertas sensacionais de gente do quilate de Fritjof Capra e Joseph Campell. Mera questão de escolha pessoal, de afinidade eletiva, identifico-me com a Tradição de minha gente, de meu povo, do mundo e da civilização em que nasci e me criei. Sempre com enorme respeito pela Tradição Ocidental e buscando preservar a forma como a nossa Tradição se encaminha há milênios.

Faço este preâmbulo por ser necessário pontuar o quanto Mohandas Gandhi foi movido pela Tradição de seu povo. Poucos seres humanos incorporaram tão profundamente a Tradição e a alma de sua gente como Gandhi. Este o principal motivo que leva seus biógrafos a sempre fazerem reiteradas referências à Tradição Oriental e, frequentemente, converter-se a ela, por ser mesmo fascinante.