quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ENCHA A SUA CASA COM PROVAS DE AMOR

Transforme a sua casa em um santuário emocional. Use a sua criatividade para externar seus sentimentos mais valiosos e nutritivos. Por mais simples que seja sua residência, ela pode tornar-se um jardim do Éden, onde a música da alegria é ouvida por todos. 

Viver o bom relacionamento conjugal não é viver de aparências. Quantas pessoas moram em palácios, mas se sentem dentro de um campo de concentração nazista? Talvez você esteja se perguntando: “Como eu posso encher a minha casa com provas do meu amor?” A palavra-chave é: seja coerente. Se pela manhã você diz ao cônjuge: “Amo você”, porém à tarde o agride, dizendo: “Odeio os seus pais”, está sendo incoerente. 

Quando declaramos verbalmente o nosso amor, precisamos validar essa declaração por meio das nossas atitudes e de nosso comportamento. Outra forma de encher sua casa com provas de seu amor, transformando-o em um santuário emocional, é provendo alegria, pacificando (construindo pontes que ligam um coração ao outro), sendo paciente, benigno, bondoso, fiel, manso e uma pessoa autodisciplinada (Gl 5.22,23). 

Sua casa pode ser o melhor lugar do mundo se ela for uma “central terapêutica do amor”, pois só o amor transforma pedras em pães e corações de pedra em corações de carne. Dicas que podem ajudar:

1. Dê cinco abraços por dia no seu cônjuge e em cada em de seus filhos;
2. Não saia de casa sem dar no seu cônjuge um beijo acompanhado de um toque significativo; 
3. Deixe, às vezes, um bilhete com uma palavra de elogio, gratidão ou amor; 
4. Surpreenda seu cônjuge na hora da refeição com uma declaração de afeto, do tipo: “Que bom que estou aqui com você!”, “que delícia de família!” ou “como está gostosa essa refeição!”
5. Demonstre, de forma criativa, o valor dos pais dele, provendo um almoço em casa e convidando-os de forma especial. 
6. Ponha no quarto de vocês um porta-retratos com uma foto em que os dois estejam abraçadinhos, para lembrar os momentos de afeto.
7. Deixe que seus filhos vejam vocês demonstrando carinho e afetuosidade um para com o outro. 
8. Grave na secretária eletrônica uma mensagem de “bom dia” bem romântica. 
9. Quando terminar de orar às refeições ou à noite com a família e levar as crianças para a escola, abençoe-as com promessas de Deus.

O apóstolo Paulo, sob inspiração divina, escreveu a mais completa descrição do amor que todos precisam conhecer para viver:

Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse dom de profecias, e conhecesse todos os mistérios, e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha
 (1 Coríntios 13.1-8 ARA). 

Pastor Josué Gonçalves é terapeuta familiar, conferencista internacional e autor de vários livros. 

Construção de usinas nucleares deve impulsionar setor industrial no país

A construção de usinas nucleares pelo governo brasileiro nos próximos 15 anos deve movimentar cerca de R$ 40 bilhões no período e dar impulso ao segmento. A previsão é da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem), que apresentará nesta terça-feira (23), durante o 1º Encontro de Negócios de Energia Nuclear, em São Paulo, possibilidades de investimentos no setor, que poderá gerar cerca de 50 mil empregos.
No evento, a Cnem divulgará um estudo inédito com as demandas do Programa Nuclear Brasileiro. O documento avaliou a necessidade de serviços, insumos e matérias-primas para a conclusão da Usina Angra 3 e a construção de mais quatro unidades até 2025. Desde a necessidade de formação profissional, a lista inclui a produção de equipamentos tecnológicos, componentes eletromecânicos e peças que serão usadas nos ciclos do combustível nuclear.
De acordo com o coordenador-geral de Planejamento e Avaliação da Cnem, Francisco Rondinelli Júnior, para a construção de Angra 3, que está em andamento e deve ter todos os materiais e serviços licitados em cerca de um ano e meio, há a estimativa de que 70% do fornecimento sejam nacionais. Com a exposição das demandas do programa, o objetivo é ampliar esse percentual na construção das demais usinas, adequando e qualificando o setor.
“Apesar da descontinuidade do programa nuclear, que constrói usinas nucleares num intervalo muito grande e acaba desmobilizando o setor industrial, existe o fato de a indústria do petróleo no país estar produzindo insumos comuns. Existe um parque industrial que atende ao segmento de petróleo e gás que está bem próximo do que exigimos. Alguns itens precisarão de certificação, mas nem todos, portanto existe uma capacidade”, afirmou.
Em relação ao domínio da produção do urânio, combustível das usinas nucleares, o coordenador explicou que o país detém a tecnologia, mas precisa ampliá-la para escala industrial. Dessa maneira, destacou que os negócios poderão também se expandir em países com os quais o Brasil mantém acordos de cooperação na América Latina, como a Argentina. “Apesar de as usinas serem diferentes, outros países também falam em energia nuclear, como o Chile”, acrescentou.
O 1º Encontro de Negócios de Energia Nuclear será realizado na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, e também abordará investimentos em energia nuclear nas áreas de saúde a agricultura. O encontro será encerrado nesta terça.
Isabela Vieira / Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto

Moderno e arcaico

Essa pobreza tem sido marcada pela fome, embora estejamos num país com mais de 600 milhões de hectares de terras férteis. No entanto, essas estão em poucas e mal aproveitadas mãos. Herança de 400 anos de latifúndio. Aqui a fome de muitos se mistura ao sucesso do agrobusiness. A falta de alimentos convive com a exportação de vitaminas, de carnes e de suco de laranja, ainda que incontáveis sejam as crianças que nunca tiveram a oportunidade de beber desse suco.O Brasil está com um pé no século XXI, mas o outro permanece fincado no século XIX. Essa característica dúbia, fruto da tardia transição entre a sociedade agrária para a sociedade urbano-industrial, faz do Brasil um país diferenciado capaz de conviver com realidades destoantes. A mais aguda delas certamente é a desigualdade social e, dentro dessa, realça o fator pobreza extrema.

No passado, nos fizeram acreditar que bastava a economia crescer que os problemas sociais logo seriam resolvidos. Crescemos, e daí? De 1870 a 1980, o PIB cresceu mais de 150%. Daqui até 2030 crescerá também mais de 150%. No entanto, no primeiro intervalo de tempo mencionado, apenas concentramos mais que distribuímos todo esse crescimento. Somos o quarto pior país em termos de concentração de renda do mundo.
Ainda hoje não é raro encontrar aqueles que insistem em dizer que esse país se desenvolveu. Será? Não! A verdade é que apenas nos modernizamos, pois, como disse Celso Furtado, “como é possível falar em desenvolvimento com tanta gente atormentada pela miséria”. É assim, todavia, que convivemos com o moderno e o arcaico. Dessa forma, os problemas econômicos e sociais continuam se avolumando, e, pelo caminho, vai deixando suas vítimas estiradas ao chão. Exagero, dirão alguns. Creio que não. Em pleno século XXI ainda há gente morrendo de fome nessas terras em que “se plantando tudo dá”. Essa patologia, por aqui, parece ser endêmica. Somos um país com capacidade de fabricar e exportar aviões, mas 1/3 das residências ainda não tem água encanada. Somos donos de uma das melhores cirurgias plásticas do mundo, mas os rostos enrugados de nossos idosos ainda são muito mal tratados pelos baixos salários baixos vindos do INSS. Os pés descalços de nossas crianças convivem com a exportação de calçados de primeira qualidade para o mundo rico. Continuamos a adoçar as bocas dos europeus, não a de nossa gente. Exportamos alimentos que não chega à mesa de muitos brasileiros. O tempo médio de escolaridade por aqui é semelhante aos dos países mais atrasados – menos de cinco anos. A dengue ainda mata gente. O analfabetismo (formal e digital) é alto e a desigualdade é parecida com a dos tempos feudais. Para arrumar a casa, falam em reformas. No entanto, elas não acontecem.
Quais seriam essas? Primeiramente, a tributária (hoje quem ganha muito paga pouco e quem ganha pouco paga muito); a social (ainda não foi consolidado o estado de bem-estar social, em que pese avanços assegurados pela Constituição de 1988), e, por fim, a agrária (que mantém intacta a estrutura fundiária oriunda das Capitanias Hereditárias). Esse somatório de situações apenas reforça a convivência do moderno com o arcaico.
*Marcus Eduardo de Oliveira é economista pela Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas de Osasco (FEAO), mestre pela USP e professor de economia da Faculdade de Ciências da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco (FAC-FITO) e da Fundação Instituto de Ensino para Osasco (UNIFIEO).

Assessores de Dilma descartam mudanças bruscas na condução do BC



Agência Brasil
22/11/2010 17:00
BRASÍLIA - Preocupada em não dar margem a especulações sobre a política a ser implementada no Banco Central (BC) pelo próximo governo, a assessoria da equipe de transição disse hoje que não fazem parte dos planos da presidente eleita, Dilma Rousseff, mudanças bruscas na forma de conduzir a autoridade monetária.
A equipe também afirmou que Dilma não vem encontrando dificuldades na definição dos nomes a ocuparem os cargos do primeiro escalão do governo. Os assessores disseram que a presidente tem estado tranquila e conduzido o processo de escolha dos nomes de seu governo dentro da normalidade.
Eles também informaram que a relação dela com o vice-presidente, Michel Temer, “tem sido ótima” e que a tendência é que os dois se aproximem cada vez mais. “Estão criando um vínculo positivo”.
Na semana passada, quando estava em Frankfurt, na Alemanha, numa viagem a trabalho, o presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que recebera uma mensagem da equipe de transição para uma conversa com Dilma.
O encontro, disse Meirelles, se daria nesta semana. Eles falariam sobre sua permanência ou não à frente do BC no próximo governo.
A assessoria do BC divulgou o áudio de uma entrevista dada por Meirelles em que ele lembra os questionamentos sobre a autonomia do banco, feitos por vários setores.
O presidente do BC destacou que a autonomia foi uma condição negociada quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva o convidou para a função, em dezembro de 2002.
Para ele, a autonomia “foi muito importante para a condução da política monetária”, uma vez que o país manteve a inflação na meta e as taxas de risco caíram, favorecendo a atividade econômica. Meirelles afirmou não ter dúvidas de que a presidenta eleita “é absolutamente favorável” à autonomia do BC.
(Agência Brasil)

Meirelles diz que encerra mandato junto com Lula


Azelma Rodrigues | Valor
24/11/2010 10:18
BRASÍLIA - "Agora é o momento adequado para encerrar a missão", disse o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles. Ele esclareceu que seu objetivo é concluir seu mandato junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ficando até o fim de dezembro.

"Um profissional deve começar e concluir seu trabalho na hora certa. As regras de boa prática de governança de Banco Central aconselham que um presidente não fique mais do que dois mandatos, que, no Brasil, coincidem com o mandato do presidente da República. É o momento adequado para encerrar o mandato."
Ele disse que já conversou com a presidente eleita Dilma Rousseff, que anuncia hoje "três nomes" de sua equipe econômica, mas nada quis comentar sobre seu sucessor. Meirelles frustrou alguns jornalistas, que esperavam que ele anunciaria sua saída imediata do BC uma vez que a indicação de seu sucessor é conhecida.

"Estou feliz e gratificado. É um momento feliz da minha vida profissional e privada", disse Meirelles, sem responder a muitas perguntas dos jornalistas. Citou que tem recebido manifestações de "carinho" do Brasil e do exterior.
Após curto discurso sobre o bom momento da economia, de como a "inflação está na meta" e sobre as conquistas e o sucesso do país ao atravessar a crise financeira de 2008, Meirelles seguiu para audiência conjunta das comissões de Assuntos Econômicos e de Constituição e Justiça do Senado.

(Azelma Rodrigues | Valor)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Aos meus amigos...

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril"
Fernando Pessoa