quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

UMA BÊNÇÃO CHAMADA PERSEVERANÇA

28/12/2010
UMA BÊNÇÃO CHAMADA PERSEVERANÇA

Pr. Geziel Gomes

Conheço muitas pessoas que deixaram de realizar grandes obras para o Reino de Deus porque não tiveram a ousadia de perseverar. Começar é excelente, mas seu objetivo pode vir a perder todo o significado se não for perseguido com perseverança. Encontramos um dos melhores chamados bíblicos à perseverança em Judas 1.17-25.

Tiago nos faz lembrar os muitos desafios e as inúmeras tentações que surgem no caminho dos que lutam, mas a perseverança é uma arma especialmente concedida por Deus aos Seus diletos filhos, a fim de vencerem todos os percalços, até tocarem o céu (Tg 1.2-18).

Pessoas que não perseveram jamais sobem ao pódio. Jamais são premiadas como campeãs. Toda tarefa deve ter início, meio e fim. Paulo declarou solenemente haver chegado ao fim da carreira e obtido o prêmio da soberana vocação dele em Cristo (2 Tm 4). Mas alguns de amigos de Paulo não passaram do meio da jornada cristã.

João Marcos viveu muitos anos na obscuridade porque não perseverou em meio às lutas, depois de ter recebido o privilégio de juntar-se aos primeiros missionários da Igreja (At 13). Somente anos mais tarde, após retomar o ministério com a ajuda de Barnabé, Marcos recebeu o reconhecimento de Paulo (2 Tm 4.11). Quase tarde demais!

Talvez os melhores dias jamais tenham sido vividos por você não haver perseverado ante as dificuldades. Medo, insegurança, pouca visão, desmotivação, tristezas eventuais, ataques do inimigo e outras armas são frequentemente usadas para nos deixarem fora de combate, por ausência de perseverança. Mas precisamos triunfar sobre todos esses obstáculos pela perseverança, que nos permite crescer espiritualmente e conduz-nos a um estado de sólida maturidade. É o que se entende e apreende em 2 Pedro 1.5-11.

Toda perseverança é incondicionalmente aliada da fé. Sem fé é impossível agradar a Deus, e sem perseverança jamais se alcança o prometido por Deus. Convém, portanto, utilizar e desenvolver a fé sem esmorecer jamais (Rm 5.1-5).

É mais fácil ser perseverante quando se é agradecido. Oração e ações de graças mantêm a temperatura espiritual sempre elevada, sem os perigos da frigidez do amor (2 Ts 1.3-12). Devemos perseverar em nosso louvor, nossa adoração (Jo 4.23), nossa vida de oração (Cl 4.2), nossa tarefa de proclamar a Palavra (Mc 16.15), nossa missão frutificadora (Lc 8.15), nosso caminhar na senda da santificação (Hb 12.14), nosso voto matrimonial, nossa vigilância (Ef 6.18), nossa produção de boas obras e em nossa tarefa de fazer o bem a todos, especialmente aos domésticos da fé (Gl 6.10).

Além disso, devemos vislumbrar permanentemente o grande alvo de nossa fé: o futuro encontro pessoal com o Amado de nossa alma. Nada deve desviar o curso de nossa trajetória. Devemos sempre olhar para Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé (Hb 12.2).

A certeza de posse da vida eterna é uma garantia assegurada exclusivamente aos que, havendo crido, perseveram (2 Tm 2.12; Hb 10.36). Devemos atentar para os conselhos dados às igrejas de Corinto e Éfeso, os quais estimulavam os cristãos a serem perseverantes (2 Co 22.11-21; Ap 2.1-7; 1 Co 13.7). Entre esses conselhos destacamos: Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais (1 Co 15.1).

O compromisso com o evangelho não é uma tarefa apenas para os primeiros dias na fé, é para a vida inteira. Seja perseverante, caro leitor. Não se canse de lutar. Não desista de seus sonhos, de seus projetos, de suas realizações, de sua visão do futuro. Vale a pena recordar que no grego perseverança e paciência são a mesma palavra. Em outras palavras, somente os pacientes perseveram, e unicamente os que perseveram são pacientes. Ora o Senhor encaminhe os vossos corações no amor de Deus, e na perseverança de Cristo (2 Ts 3.5)! 

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