domingo, 3 de abril de 2011

A Psicanalise na terra do nunca

No livro "A Psicanalise na Terra do Nunca", Daiana e Mário Corso, discorre sobre um assunto delicado, interessante e curioso, sobre as família através de ensaios sobre filme, séries, desenho, enfim uma infinidade de artes, literatura, falando das famílias contemporâneas e dos dias de hoje. O livro é deliciosamente perfeito na sua simplicidade, sagacidade, entendimento, é uma conversa boa de se ler, de estudar.
Segue abaixo uma pequena amostra do que eles conseguiram fazer e presentear os leigos em relação a família.

Amantes da Fantasia
Quando reflete sobre si, o homem comum se vê como alguém racional, lúcido, com os pés no chão, mas que às vezes é tomado pela fantasia. Os psicanalistas acreditam no contrário: o homem sonha a maior parte do tempo, e em certos momentos, geralmente a contragosto, acorda. Passamos um terço da vida dormindo, portanto sonhando, e quando estamos despertos nossos devaneio ocupam um tempo muito maior do que imaginamos. Mesmo trabalhando estamos fantasiando estar em outro lugar, com outras pessoas, fazendo outras coisas. Passamos um mês de férias, mas os outros onze sonhando com elas, assim como o sábado e o domingo não ocupam somente esses dois dias em nossos pensamentos. A vida amorosa e sexual é muito maior e mais variada na fantasia do que na realidade...apesar disso, não existe uma correspondência entre a importância de sonhar e fantasiar, esse homo onírico que somos, dado o papel que a fantasia ocupa em nossa vida, com uma reflexão sobre ela. Subestimamos a fantasia, sobre tudo porque a julgamos acessória, ela não passaria de um escape, um desvio de rota  do prumo da realidade.


Mito e Narrativa
O ofício do psicanalista é decifrar fantasias. A teoria de Freud nasceu da possibilidade de interpretar as fantasias dos neuróticos, incluindo as dele próprio. Ele descobriu que por trás de cada sintoma de que se queixavam havia uma história para contar. Além disso, a trama que surgia a partir do sofrimento de seus pacientes era em parte construída de fatos reais, mas acrescidas de outros imaginários que eram igualmente decisivos.

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