Talvez, hoje, seja irrelevante saber-se que fim teria a seita do carpinteiro galileu se Constantino não a adotasse. Seja como for, dali em diante nem o Cristianismo, nem o seu pontífice máximo viveram afastados do Estado. Mesmo que, eventualmente, se altercassem com um ou outro regime, Pedro e César, invariavelmente, ancoravam-se num mesmo império. As mãos em oração asseguravam-se sempre estarem garantidas pelas que empunhavam a espada, fosse qual fosse a origem e a geografia da sua autoridade.
Ao desabar o colosso romano-ocidental no século V, O Papado, em substituição ao império caído, aproximou-se dos régulos bárbaros e, depois, do Império Carolíngeo. Ao dissolver-se este em 843, transferiu-se para o Sacro Império Germano, fundado em 962, com quem, desde o início, travou um embate pela liderança da Cristandade. A mitra e a coroa viviam em rixas, mas, faces do mesmo rosto, nunca imaginaram cindir-se.
Abalado e estremecido pela Reforma do século 16, o Papado aliou-se ao Império de Carlos V, e com todos os reis ibéricos que o sucederam. Até Napoleão, o aventureiro que juntara sua coroa no entrevero da Revolução Francesa – que tanto machucara e ofendera os padres - , acertou uma concordata com a Igreja Católica Romana.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
A igreja e os impérios
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