segunda-feira, 15 de março de 2010

Dúvidas na vida após morte

Hoje é um dia do meu velório, levantei cedo, lavei o rosto, a boca, tomei meu café matinal, me arrumei, coloquei a melhor roupa que tenho um sapato marrom bico quadrado, uma camisa azul social, uma calça sport fino marrom e um cinto marrom pra combinar com a caça e o sapato, passei meu melhor perfume, da natura sintonia. Paguei a carteira o relógio, celular e fui para o ponto pegar o ônibus, não quis ir de carro, cheguei no velório e lá estava eu naquele caixão de cedro marrom, com uma roupa social que sei lá quem me deu e vestiu me, estava até bem arrumado de preto, parecendo um segurança de hotel, aquele cheiro de velório com aquelas flores que nem me lembro o nome, as pessoas em volta algumas chorando, outras conversando, outras contando piadas, é um ótimo local para aprender coisas nova e encontrar toda a família, sempre no velório, não queria ter partido sem completar minha missão, fazer o que tinha que ser feito, conquistar meu espaço, conhecer pessoas novas, construir meu império, mas um mau súbito me acometeu e não aguentei, sendo jovem deveria ter aguentado mais, mas como dizem por aí quando se chega a hora não há nada o que fazer, é da vontade de Deus. E por falar em Deus, ainda não o encontrei por aqui, tenho tanto que falar com ele, perguntar tanta coisa, mas sou paciente e não vou a nenhum lugar por enquanto, mas tenho que sair daqui porque esse velório está me deixando mal, já estou do outro lado mesmo, sinto pela minha família, que não esperava por isso, mas fazer o que, já aconteceu, então agora quero entender o porque de estar aqui, eu só espero que meu anjo da luz não demore em vir me buscar...mas onde é que estou de verdade, bem esperarei...

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