segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pérolas da Filosofia Clínica

  "Ao aceitarmos que o homem é o que pensa de si mesmo, ligamos coercitivamente 'O que Acha de Si Mesmo' a tópicos como Abstrações e Raciocínio. No entanto, a pessoa pode ligar 'O que Acha de Si Mesmo' a tópicos como Sensações. Em tal caso, o homem torna-se o que sente e não o que pensa de si mesmo".
  "Socialmente tornou-se usual determinar a idade de uma pessoa pelo tópico Sensorial. O consultório muitas vezes mostra indivíduos cujas idades são marcadas não pelo Sensorial, mas pelo que alcançam (Busca), pelo que são (Papel Existencial), pelos amores que viveram (Emoções). Alguns precisam viver 70 anos para que de fato possam ser jovens".
  "Pode-se perfeitamente morrer em vida algumas vezes. Isso ocorre quando algo se perdeu do intelecto (Termo Agendados no Intelecto), quando uma interseção se desfez (Interseções de EPs), quando não se consegue mais executar uma sonata ao piano (Semiose). Mas não é raro que se possa igualmente ressucitar em vida".
  "Michel Foucault, em Folie et déreison: histoide de la folie à l'âge classique, evidencia a exclusão social no século XVII, tendo como critério a demência. Tenho trabalhado em um ensaio que acentua o contrário: a inclusão social só foi possível mediante uma 'insânia' mascarada de sanidade. Na prática, como é sabido em Filosofia Clínica, tais conceitos se diluem".

Por Lúcio Pasckter

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